quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Um trem e elas

O cheiro ardido do pequi atravessa a tarde, insistente. amarela o tempo que eu não vivi, mas que me acompanha percorrendo montes das montanhas de Minas. Há algo em mim que vem das mulheres do norte... Caminhos de um Sol que encouraça a pele. que marca quem já foi índia, negra, branca, quem já foi rio, céu, árvore e chão...

Contam-me sempre que eram loucas. pergunto o que é ser louca para uma mulher na década de 30... ou em 60, 80, século XXI. Sempre loucas, todas elas. todas nós. No que se cala ou no que se canta? Sempre elas. Nas calças, nas flores, nos vestidos, nos amores. Nas mães, nas mãos. Outras faces que me chegam assim, pelos trilhos da memória inventada de dentro.

Para ouvir - Beleza maior por Aline Luz
                                                                              ...


Foto: Wilton Montenegro

Não tenho lembranças minhas com Aline. Porém sei que nós tivemos um encontro numa noite de dezembro. Alguns amigos, vinhos, restos da ceia de Natal... e um vinil foi parar na vitrola, “é uma tia minha, gente!”
Ali Aline cantou conosco. E ficou...

compartilho essa minha escrita hoje, 25 de dezembro, quando Aline Mendonça Luz, minha tia avó, completaria 68 anos.

Para ver e ouvir: Coisa mais maior de grande (Gonzaguinha) por Aline Luz 

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