Bananeiras se ampliavam para selva escondendo o mundo. Há
vida além do medo... Caqui, uva, limão, jabuticaba, coelho, gambá. E um sussurro
rondando, sempre à espreita... Escadas anunciam o caminho. Para além delas,
mais mundo, mais medo. Malas engolem crianças inteiras. Portas disfarçadas revelam
encanamentos. A água flui abrigada entre as paredes, o fluxo em algum lugar por
trás dos ombros. Entrava pela janela, subia nas portas. Não se pode pisar nas
linhas entre os azulejos, jamais! Degraus são pulados num impulso: ...dois,
três, quatro, cinco! O destino alçado desafiando a casa... Descer sempre foi
mais fácil. Lá em cima, a travessia vinha antes da luz. Um labirinto à espera, o
desejo escondido no ponto mais alto. Derrubava o medo sem abrir os olhos. O vazio abandonado
sob a mesa chamava o nome do pai...
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