segunda-feira, 31 de março de 2014

da dor que não se há

Uma dor que não se escreve... Perdida de corpo, andando por aí. O corpo se forma no ato da palavra. Que desfia, escorre, caminha. As palavras buscam um resto de corpo por onde passar e então tecer outros corpos. Estão presas, encurraladas. Não há saída? Há de se fazer. Me esforço. É preciso compor um corpo para pertencer a dor. Elas vão se mostrando, não escolho... Escrevo. Escrevo. Escrevo. Mas cada palavra é pouco. Toda palavra é tanto. Eu tento...

Nenhum comentário:

Postar um comentário