Era
noite de lua no céu e primeiras vezes... Medos, dúvidas, novidades. E aquele
frio na barriga que mistura as boas lembranças recentes com as incertezas do
que pode vir a ser... A escada, cúmplice, acolhia nossas confissões iniciando (re)encontros...
Quem diria?... Os extremos às vezes são mais próximos que os meios. Sensibilidade, escuta, a mão estendida... A cumplicidade selada, velada. A revelação não dita,
mas sabida, sentida... Sol, lama, embate... As presenças se construindo no fundo do ônibus, entre músicas e códigos. A promessa cumprida e a segurança reafirmada. Caminhos abertos, caminhos adjacentes... Outras
escadas e a revelação explícita, urgente, temerosa de um fim programado que não viria
(ainda...). A ladeira colorida, o som do tambor. E os corações marcando
compasso... Seguindo e ignorando todas as teorias bem elaboradas de quem tenta
achar um lugar para estacioná-lo. Desde os
tempos de all star pintados, quando ainda não haviam cachecóis para se arrumar,
4 mãos caminham juntas unindo metáforas (nem sempre) acadêmicas...
sou mulher de palavra. palavra escrita, pulsante, marcada, derramada, costurada... palavra que chama em silêncio, comprometida com tempos suspensos...
segunda-feira, 12 de agosto de 2013
quinta-feira, 8 de agosto de 2013
Resolvi te guardar pra mais tarde. Guardei para ficar brincando aqui dentro, revirando caixas, se escondendo atrás de pés de jabuticaba, ralando os joelhos e jogando futebol de bicicleta. Guardo para sentarmos à mesa com as cervejas nunca bebidas, com as fofocas do fim de semana, com os sonhos da noite anterior. Te guardo conversando das cores do Almódovar, dos livros da Adélia, dos amores, das reticências... Contando dos ventos, cachoeiras e estradas de terra. Compartilho escritas, ansiedades e as promoções da sapataria. Dias depois, com arrepios num estômago que pede alento, te busco, te desembrulho, experimento... Melhor que chocolate! E haja metafísica...
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