porque ao
saber daqueles olhos sobre meu texto me soube mais uma vez mulher.
e quis
ficar. havia quase me esquecido de como é se entregar na escrita, doar-se,
doer-se a alguém que recebe essas palavras, restos de um corpo em movimento.
agora, de volta à página, na novidade de um texto não tão novo, essa urgência:
desocupo o lugar do destinatário, é um convite no qual me apresento em papel,
poros e pele. nua, à espera de alguém que me acolha e não se assuste. quero
fazer sexo com seu texto. mas o gozo é pra ser no corpo, a letra é desejo. quero
fazer texto com seu sexo.