(e talvez por isso eu insista em escrever)
sei que eu corri, mas não fiz nada para impedir. apenas abri os olhos e esperei, como repetiria tantas vezes nos anos seguintes... talvez eu quisesse que acontecesse ou simplesmente não acreditasse que fosse possível. eu esperei olhando. a torneira aberta e ele insistindo. só na terceira tentativa aconteceu. ali o tempo parou. naquele relógio azul embaixo d'água. a água passa e o tempo fica. não havia mãe capaz de consertar o tempo. de fazer o tempo voltar a correr.
era uma vez, um presente.
ouvindo: Depois de ter você - Adriana Calcanhotto
(do te-ser memória_1)