06 de agosto de 2013
(...)
Legitimo minha tristeza no corpo que dói... E o corpo é palavra, linguagem. Que precisa sair de mim para que esse corpo exista, caminhe, com o retorno dessa palavra por outras vozes...
(...)
Quero existir com ela também... Como afeto, corpo e linguagem...
[Da série: Fragmentos de costuras que se soltam entre capas verdes]
Para ouvir: Palavras não falam - Mariana Aydar
sou mulher de palavra. palavra escrita, pulsante, marcada, derramada, costurada... palavra que chama em silêncio, comprometida com tempos suspensos...
quinta-feira, 23 de janeiro de 2014
segunda-feira, 13 de janeiro de 2014
06 de janeiro de alguns anos por aí
Talvez porque tropeçávamos em malas amarelas e rabos de
lagartixas, outras vezes porque à certa altura da noite a seleta com mel e
limão já se tornou companhia que transforma distraídos em parte da juventude
universitária subversiva. Nesses momentos, que função melhor tem os celulares
dos adultos trabalhadores senão distribuir amor em madrugadas de quinta feira,
não é mesmo? E me convence! Só você é capaz de saber melhor que mim mesma que o
fato de eu achar Holden Caulfield insuportavelmente adolescente não tem a ver
com discriminação etária, mas representa uma chance a mais de eu tentar sentir o
que seria receber uma carta escrita pelo Salinger... São nossas incursões nesse
pequeno grande mundo que guarda sentido nas correspondências, máquinas de
escrever e playlist rabiscadas em contracapas. Mundo compartilhado carregando
caderninhos na bolsa e sabendo que um convite para a 35 obviamente significa
levar histórias para passear no corredor... As tardes barroquianas estendem
nossas teorias proféticas e ampliam os referenciais possíveis. “Isso é
Lacan, bêbado!” Com certeza. Reunido com Dom Quixote, Cartola, Ana Cristina
César. Por vezes influenciando a criação de tatuagens autorais e caixinhas de
fósforo que anunciam The Doors. Quem sabe por isso tenha te escolhido para guardar
minhas referências! Você percebe como essa liberdade de cada um pela própria
vida mexe com a minha literatura... “Toma, escreve!” E seu imperativo é como um
convite para a criança se sentar no balanço mais alto do parquinho e arriscar
tirar os pés do chão. “Eu quero te ler...” Essa necessidade movente que nos
atropela e você transforma em finais para além de Hollywood... O abandono
e a falta. A escrita de uma beleza sincera que costura (des)caminhos entre
tantas vidas possíveis...
Se chegou até aqui, queria dizer que não precisa mais ter
medo caso façamos aquelas nossas camisetas ameaçadoras de escritoras
terroristas, deve ter percebido que acabo de riscar teu nome. Especificamente
hoje, venho apenas te oferecer dedos saudáveis, cafés merecedores de saraus
involuntários, bancos de madeira que contam histórias de esquilos apaixonados,
amores que tremem sete vezes antes do luto final e essa música aí embaixo (um
pleonasmo! Já que você bem sabe que atrás de cada terno que segura um Nextel na
mão existe uma criança sonhando em tirar a gravata e subir num pé de
jabuticaba...)
Para ouvir: Forever Young – Bob Dylan
Pequeno aviso fundamental àqueles que tem
dificuldade de interpretação de texto: é óbvio que isso não é uma carta, é
apenas literatura!
domingo, 12 de janeiro de 2014
sexta-feira, 10 de janeiro de 2014
(in)cômodos
"Mas para quê tantas portas?" você me pergunta.
E antes de alcançar a interrogação eu quero gritar: "Entra! A casa é sua..."
(a casa é sua, sua... sua... sua...)
Mas minha voz se perde tentando tecer preenchimentos percussivos com o eco que se movimenta em cômodos recém ampliados ...
Para ouvir: Infinito particular - Marisa Monte
E antes de alcançar a interrogação eu quero gritar: "Entra! A casa é sua..."
(a casa é sua, sua... sua... sua...)
Mas minha voz se perde tentando tecer preenchimentos percussivos com o eco que se movimenta em cômodos recém ampliados ...
Para ouvir: Infinito particular - Marisa Monte
Assinar:
Postagens (Atom)